França lidera ação de US$ 2,5 bilhões para proteger floresta do Congo


Mobilizar mais dinheiro para proteger e restaurar as últimas florestas tropicais remanescentes do mundo é um objetivo central das negociações climáticas da ONU, realizadas na Amazônia brasileira este ano para focar na necessidade de combater as emissões do desmatamento desenfreado.
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"Os doadores estão se comprometendo a mobilizar mais de US$ 2,5 bilhões nos próximos cinco anos, além dos recursos domésticos que serão mobilizados pelos países da África Central para a proteção e o gerenciamento sustentável das florestas da Bacia do Congo", afirma o documento.
Os signatários disseram que também pretendem ajudar as nações africanas a reduzir o desmatamento por meio de tecnologia, treinamento e parcerias.
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O Congo, a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, e a bacia de Bornéu-Mekong-Sudeste Asiático, a terceira maior, enfrentam ameaças da expansão das fronteiras agrícolas, da exploração madeireira, da mineração e de outros setores.
Embora a proteção do Congo tenha chamado a atenção porque atualmente absorve mais gases de efeito estufa do que outras florestas, o anúncio da medida ameaçou competir com o foco do Brasil em um fundo florestal global no centro de sua agenda da COP30.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como o futuro do financiamento climático, pois substitui as doações por um modelo de investimento mais escalável.
"Em teoria, as duas iniciativas são muito diferentes", disse um diplomata familiarizado com as duas propostas, observando que o TFFF ofereceria pagamentos anuais aos países com florestas tropicais sem nenhuma restrição. Ainda assim, a ótica de dois fundos de florestas tropicais rivais pode ser problemática, acrescentou a fonte.
A Noruega também prometeu US$ 3 bilhões para o TFFF nessa quinta-feira (6), a maior contribuição até agora. A França disse que poderia contribuir com até 500 milhões de euros para a iniciativa liderada pelo Brasil.
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