Guiana reafirma compromisso democrático com novas eleições em 1º de setembro
Com dissolução do Parlamento, presidente Irfaan Ali convida o país a um novo ciclo político; Roraima acompanha o impacto regional da decisão.

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, dissolveu oficialmente o Parlamento Nacional e os dez Conselhos Democráticos Regionais do país. A decisão, anunciada no dia 3 de julho de 2025, foi formalizada por meio de duas proclamações assinadas na Casa de Estado, residência oficial do Chefe do Executivo.
Com isso, a Guiana convocou eleições gerais e regionais para o dia 1º de setembro, abrindo um novo ciclo institucional e reforçando o compromisso do país com os princípios democráticos.
“Eleições livres e justas são a força vital de um estado democrático”, declarou Ali, em discurso transmitido pelas redes oficiais.
“As próximas eleições representam o nosso compromisso em renovar o pacto democrático entre cidadãos e governo.”
📺 Assista ao vídeo oficial do anúncio:
✅ Medida constitucional e esperada
A Constituição guianense autoriza o presidente a dissolver o Parlamento a qualquer momento, desde que as novas eleições ocorram em até três meses após o ato. A decisão já era aguardada por analistas e partidos políticos, sobretudo após o presidente anunciar publicamente a data do pleito durante as celebrações do Dia da Independência, em 26 de maio.
Com o anúncio, o 12º Parlamento guianense foi encerrado, e todos os atuais parlamentares perderam seus mandatos, conforme previsto nos artigos 70(2) e 73(2) da Constituição de 1980.
Além disso, o ato dissolveu os Conselhos Regionais, que representam o poder local nas dez regiões administrativas da Guiana.
🗳️ Como funcionam as eleições na Guiana
O modelo eleitoral guianense é parlamentarista com voto de lista fechada. Isso significa que o eleitor vota no partido para o Legislativo e, com base na maioria obtida, o cabeça da lista se torna automaticamente o novo presidente. A votação é, portanto, indireta.
O novo mandato presidencial terá duração de cinco anos, e seis candidatos estão confirmados na disputa:
Irfaan Ali (PPP/C) – atual presidente, candidato à reeleição;
Aubrey Norton (PNC/APNU) – principal nome da oposição, com base forte no Parlamento;
Nigel Hughes (AFC) – representante da ala moderada;
Azruddin Mohamed (WIN) – empresário investigado por fraudes fiscais;
Amanza Walton-Desir (Forward Guyana) – fundadora de nova legenda;
Simona Broomes (ALP) – ex-ministra e novata em campanhas presidenciais.
As alianças partidárias e estratégias de coalizão devem desempenhar papel importante na definição da maioria no Parlamento.
🌍 Um novo ciclo com reflexo regional
O pleito acontece em um momento de alta projeção internacional da Guiana, marcada por crescimento econômico acelerado devido à exploração de petróleo e pela tensão diplomática com a Venezuela por causa da região de Essequibo.
Esse contexto reforça a importância das eleições não apenas para os guianenses, mas também para toda a faixa de integração fronteiriça com o Brasil, especialmente o estado de Roraima.
Como emissora regional com presença crescente na fronteira norte, a Roraima TV acompanha atentamente o processo político guianense, reforçando seu compromisso com a cobertura jornalística internacional responsável e conectada com o futuro da região pan-amazônica.
🧭 Olhar estratégico da Roraima TV
A renovação democrática na Guiana representa uma janela de oportunidades para cooperação e desenvolvimento conjunto entre os povos da fronteira Brasil-Guiana.
A Roraima TV se coloca como parceira do povo guianense nesse novo capítulo político, oferecendo sua estrutura jornalística para registrar, informar e aproximar realidades.
A democracia se fortalece com transparência, participação e comunicação livre. É nesse espírito que a Roraima TV reafirma sua missão regional: levar a verdade onde ela precisa estar — com credibilidade, proximidade e visão estratégica.
📌 Esta matéria integra a cobertura especial da Roraima TV sobre o ciclo eleitoral na Guiana. Acompanhe atualizações em nosso portal e redes sociais.
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