Comissão Nacional debate desafios do agro e futuro da Amazônia no Amazontech
Reunião discutiu segurança jurídica, tecnologia e sustentabilidade, reforçando protagonismo do produtor rural.

O primeiro dia do Amazontech 2025 foi marcado por uma reunião estratégica da Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Norte, que reuniu lideranças do setor agropecuário, representantes das federações de agricultura, cooperativas e instituições como Sebrae e Senar. O encontro debateu os principais desafios enfrentados pelo produtor rural na Amazônia, destacando a necessidade de segurança jurídica, inovação tecnológica e sustentabilidade para impulsionar o desenvolvimento da região.
A pauta incluiu o balanço das plenárias da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), os embargos de áreas rurais e a aprovação da lei geral do licenciamento ambiental. Os debates reforçaram a importância de soluções práticas que garantam o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio entre produção agrícola e preservação ambiental.
Segundo Silvio de Carvalho, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Roraima, a escolha do Amazontech como sede da reunião fortalece o papel do evento como espaço de integração entre ciência e negócios.
“O objetivo é falar sobre o desenvolvimento regional, que envolve estudo científico, novas tecnologias e sustentabilidade. A Amazônia Legal é um polo de conhecimento e cooperativismo, e o Amazontech evidencia isso”, afirmou.
Para Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae Nacional, o evento traduz o potencial da região:
“O Brasil se revela na Amazônia, que cresce acima da média nacional puxada pelo agro e pela energia. Essas discussões precisam ser feitas em bases científicas, e o Amazontech é o ambiente ideal para isso.”
A reunião também destacou a importância da tecnologia como ferramenta para superar barreiras. Dr. Merched Chaar, da Organização das Cooperativas do Brasil, defendeu maior participação dos bancos cooperativos na liberação de fundos constitucionais, ampliando o acesso ao crédito para pequenos agricultores.
A conselheira do Sebrae e superintendente do Senar, Amanda Lia, ressaltou a relevância da parceria entre as instituições para apoiar desde a produção dentro das propriedades até a comercialização. Já Maria Domingas, diretora técnica do Sebrae Pará, destacou a tradução do Código Florestal para inglês e espanhol como forma de reforçar internacionalmente a imagem de sustentabilidade do agro brasileiro.
O encontro reafirmou que o produtor rural é peça central da economia verde, conciliando produção e preservação. A expectativa agora é que as propostas apresentadas sejam levadas para debates globais, como a COP30, consolidando o protagonismo da Amazônia no cenário internacional.
Equipe Editorial – Roraima TV
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