Um novo estudo do Barna Group revela que a Geração Z, formada pelos adultos mais jovens dos Estados Unidos, apresenta atualmente taxas de frequência à igreja superiores às registradas entre as gerações mais velhas. A pesquisa marca uma inversão de padrões históricos, em que os adultos mais idosos eram tradicionalmente os mais assíduos nas práticas religiosas.

De acordo com o levantamento, realizado com 5.580 entrevistas online entre janeiro e julho deste ano, a taxa média de frequência mensal dos adultos norte-americanos é de 1,6 vezes por mês. Entre os jovens da Geração Z, esse índice sobe para 1,9, seguido de perto pelos Millennials, com 1,8. A Geração X mantém a média geral de 1,6, enquanto os baby boomers e os mais velhos registram queda para 1,4 vez por mês.

📊 Mudança de tendência

A análise também considerou dados de longo prazo, coletados de mais de 132 mil adultos entre 2000 e 2025. O resultado mostra que, nos últimos cinco anos, a frequência mensal da Geração Z e dos Millennials praticamente dobrou, alcançando recordes históricos. Em contrapartida, os grupos mais velhos registraram os menores índices já observados.

“O fato de os jovens estarem comparecendo com mais frequência do que antes não é uma tendência típica. Normalmente, são os adultos mais velhos os frequentadores mais fiéis da igreja. Esses dados representam uma boa notícia para os líderes religiosos e reforçam o panorama de que a renovação espiritual está moldando a Geração Z e os Millennials hoje”, avaliou Daniel Copeland, vice-presidente de Pesquisa da Barna.

📉 Queda entre gerações mais velhas

Em 2000, a média de frequência dos mais velhos era de 2,3 vezes por mês. Hoje, caiu para 1,4. Entre os baby boomers, a queda foi de 2,0 para 1,4 no mesmo período. Já a Geração X manteve estabilidade relativa, oscilando entre 1,4 em 2000 e 1,6 em 2025.

O relatório também mostra que a pandemia de COVID-19 representou o período de menor comparecimento às igrejas entre todas as gerações.

🔎 Engajamento em debate

Apesar do aumento da frequência, outros levantamentos recentes sugerem que a Geração Z mantém níveis menores de engajamento comunitário dentro das igrejas, quando comparada às gerações anteriores. A pesquisa “Estado da Bíblia EUA: 2025”, da Sociedade Bíblica Americana, aponta que os jovens ainda são menos propensos a relatar vínculos comunitários, apoio pastoral e uso de dons e talentos na vida e missão das congregações.

Combinados, os estudos revelam um cenário de transformação: os jovens norte-americanos estão mais presentes fisicamente nas igrejas, mas ainda em processo de fortalecimento do envolvimento comunitário e espiritual.

Equipe Editorial – Roraima TV